Sem carros: a ilha grega em que os carros foram proibidos

Sem carros: a ilha grega em que os carros foram proibidos
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Férias, normalmente, são sinônimos de quê? Descanso, certo? Mas, fica difícil relaxar com buzinas, trânsito, barulho de carro… Coisas muito comuns nos principais destinos do mundo. Mas, não em Hydra! A ilha grega simplesmente substituiu os carros por cavalos e, assim, deixou a vida dos seus 2500 habitantes muito mais tranquila.

Inicialmente, quando se chega à Hydra, a paisagem é bem parecida com outras ilhas ao redor. Por exemplo, casas branquinhas e, claro, o azul do mar. No entanto, sua diferença está justamente no barulho dos cascos de cavalo no lugar de buzinas e pneus. A exceção, claro, vai para serviços básicos, como ambulâncias, caminhões de lixo e bombeiros.

Por que Hydra não tem carros?

Segundo reportagem da CNN Viagem & Gastronomia, a ideia de manter os cavalos como transporte principal visa manter uma tradição. Durante séculos, os moradores da ilha se locomoveram em burros e mulas.

No século XVIII, Hydra era um próspero centro marítimo. Mas, com a chegada do século XX, as ruas estreitas e íngremes da ilha, juntamente com o terreno rochoso, tornaram impraticáveis a circulação de carros.

Os moradores da ilha, então, recorreram ao transporte equino, que poderia atravessar a paisagem acidentada com mais eficiência. Com o tempo, essa dependência dos cascos tornou-se enraizada na cultura e no modo de vida por lá.

Hoje, proibição dos veículos é protegida por lei local.

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Onde fica Hydra

Na mitologia grega, a Hidra de Lerna era um monstro aquático de nove cabeças, irmã da Medusa. Ela foi morta por Hércules, um dos maiores heróis da mitologia.

Ainda conforme a lenda, Hidra vivia em um pântano entre as ilhas gregas de Poros e Spetses, algumas das mais pitorescas do país.

Hydra fica a sul de Atenas, aproximadamente duas horas de distância. E, como não tem aeroporto por lá, a única forma de chegar é de ferry, saindo do porto de Pireus.

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O que fazer por lá?

A ilha grega de Hydra é um lugar único, com uma população de cerca de 2.500 habitantes que se locomovem usando animais de carga. Aliás, logo ao chegar, são eles quem recebem os visitantes para transportá-los, se necessário, pelas ruas de paralelepípedos.

Com isso, dá para perceber o ritmo tranquilo da ilha. Só para ilustrar, por toda a área, é comum ver moradores locais cuidando de suas atividades diárias, ao lado dos animais de estimação.

Em Kaminia, uma aldeia tranquila na costa sul, a Mandraki, na costa oeste, a presença dos burros, mulas e cavalos é uma constante.

Mas, além de apreciar a vida pacata, é preciso aproveitar a ilha. Sua capital, Chora, tem elegantes mansões de pedra construídas nas encostas de uma colina ao redor do porto.

Vale lembrar a legislação em Hydra não proíbe apenas carros, como também construções que fujam da arquitetura tradicional. A vida noturna na ilha também é animada, com muitos restaurantes e bares para os visitantes aproveitarem.

Já em Kiafa, a área mais populosa, pode-se visitar os edifícios mais antigos da ilha. Por exemplo, a Igreja de Assunção da Virgem, com três andares e projeto do século XVII.

Na ilha, ainda há outras várias opções de lazer, como:

  • cafeterias
  • casarões antigos
  • museu
  • lojinhas
  • tavernas

O interessante é que todas, hoje, ocupam armazéns antigos e casas de marinheiros que se estendem pelo porto. Não à toa, Hydra é um cenário que atrai artistas de todo o mundo, como o compositor Leonard Cohen.

Luciana Gomides

Jornalista e assessora de comunicação e imprensa com experiência em Comunicação Pública, Gestão de Eventos, Marketing Digital, análise e estratégia, gerenciamento de crises, produção e redação de conteúdo. Já trabalhou em diversos projetos e segmentos na área, inclusive como gerente de Comunicação na Educação Municipal, período em que desenvolveu produtos audiovisuais para permitir o acesso a conteúdos pedagógicos durante a pandemia. Ainda, criou áreas de Ouvidoria e Eventos Virtuais. É pesquisadora de Comunicação Compartilhada/Comunitária, Marketing Público e Políticas Públicas para Comunicação. Atuou na área de turismo e hotelaria. Especialista em Marketing e Assessoria de Comunicação.