Cochilar durante o dia ajuda a preservar o cérebro? Veja o que diz a pesquisa

Pesquisadores revelam que tirar uma soneca pode ter benefícios surpreendentes para a saúde cerebral.

Se você gosta de tirar aquela soneca ao longo do dia, esta notícia vai te agradar! Pesquisadores uruguaios e britânicos revelaram que cochilar durante o dia ajuda a preservar o cérebro. Além disso, ainda ajuda a evitar a demência. Isso seria, a princípio, resultado do aumento do volume cerebral. 

Os autores da pesquisa são das Universidades College London e da República, no Reino Unido e Uruguai, respectivamente. De acordo com o estudo, há uma ligação entre sonecas e maior volume do cérebro. O estudo está publicado na revista Sleep Health

Cochilar durante o dia não é preguiça

Embora muita gente vincule o fato de tirar um cochilo com preguiça, na verdade, o ato faz bem. Pelo menos, é o que diz a pesquisa. Para chegar aos resultados, os pesquisadores acompanharam mais de 378 mil pessoas, com idades entre 40 e 69 anos, provenientes do estudo UK Biobank. 

Primeiro, compararam medidas de saúde cerebrais e cognição de indivíduos que possuíam variantes genéticas associadas ao hábito de tirar sonecas. Ao mesmo tempo, analisaram os dados de quem não apresentava tais variantes. Os resultados mostram que há, sim, uma relação entre cochilar durante o dia e os efeitos cognitivos e estruturais positivos do cérebro. 

Segundo os pesquisadores, a ideia é que esse tipo de estudo mostre, sobretudo, os benefícios para a saúde de cochilos curtos. Consequentemente, ajude a reduzir qualquer estigma que ainda exista em relação a eles.

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Quando o cérebro começa a diminuir?

Além de mostrar os benefícios de cochilar durante o dia, os pesquisadores também explicaram o declínio no volume cerebral que ocorre conforme envelhecemos. Estudos anteriores revelaram que, em pessoas saudáveis, após os 35 anos, o cérebro começa a encolher a uma taxa constante de 2% ao ano, acelerando a partir dos 60 anos. 

Levando em consideração esse declínio linear, descobriu-se diferenças de até 2,6 a 6,5 anos entre os indivíduos geneticamente programados para cochilar e aqueles que não possuíam tal predisposição.

Mas o que esses “anos economizados” significam? Conforme apontam os pesquisadores, essa diferença pode equivaler à disparidade entre o volume cerebral de alguém com função cognitiva normal e uma pessoa com comprometimento cognitivo leve. 

Essa descoberta tem implicações clínicas importantes para a prevenção de danos cognitivos relacionados ao envelhecimento. Principalmente se for aplicável a toda a população. Vale ressaltar que o estudo possui uma limitação, pois a amostra analisada era composta apenas por pessoas de ascendência europeia e branca.

Ainda assim, os pesquisadores explicam que o volume cerebral é frequentemente utilizado como um indicador de neurodegeneração. O encolhimento cerebral é mais rápido em pessoas com declínio cognitivo e doenças neurodegenerativas. 

Contudo, estudos anteriores já haviam demonstrado como problemas no sono podem afetar negativamente essas mudanças estruturais. Portanto, os resultados deste sugerem uma associação entre cochilar durante o dia, ainda que esporadicamente, e um maior volume cerebral total, indicando que cochilar regularmente pode fornecer alguma proteção contra a neurodegeneração ao compensar a falta de sono adequado.

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