Como saber se eu tenho depressão? Veja os sinais silenciosos!

A depressão não é o mesmo que se sentir um pouco para baixo. Na verdade, ela se trata de uma doença silenciosa e que causa grande sofrimento psíquico a quem a possui. Mas, como saber se tenho depressão?

Primeiramente, a depressão é o transtorno psiquiátrico mais comum na população geral. Porém, muitos que sofrem dessa condição, a omitem. Às vezes, a omissão acontece por causa da própria doença, às vezes acontece pelo medo do julgamento alheio, já que os transtornos psiquiátricos, em geral, são bastante estereotipados.

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Entendendo a depressão

A depressão se caracteriza pelo humor deprimido na maior parte do tempo. Ou também pela perda da capacidade de sentir prazer nas coisas que costumavam gerar interesse. Além de outros sintomas que citaremos mais à frente.

Assim, esse transtorno gera uma tristeza que interfere em outras áreas da vida. Por exemplo: relacionamentos pessoais, trabalho, apetite, sono e vida sexual. Inclusive, ele pode afetar o comportamento e os sentimentos da pessoa por meses ou anos.

Alguns outros sintomas podem ser um sinal de que você tem a doença. Por exemplo: pensamento negativo, alterações do peso, disfunções sexuais. Além de disfunções cognitivas, sensação de fadiga e falta de energia, lentidão ou insônia, sensação de tédio, ansiedade, irritabilidade, solidão, desesperança, baixa autoestima, sensação de vazio, disfunção erétil e ejaculação precoce.

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Como saber se tenho depressão?

É importante saber que apenas um especialista pode diagnosticar a condição. Mas, há uma classificação que se usa no meio médico e serve de guia, o CID-11 (Classificação Internacional de Doenças, 11ª Revisão). Assim, os critérios do CID-11 exigem a presença de um episódio depressivo com os seguintes elementos:

Humor deprimido: o indivíduo deve apresentar um humor persistentemente deprimido, como tristeza profunda ou vazio. Esse humor pode ser evidente para os outros ou relatado pelo paciente. A irritabilidade em crianças e adolescentes também pode ser considerada.

Perda de interesse ou prazer: diminuição marcada no interesse ou prazer em quase todas as atividades, a maior parte do dia, quase todos os dias. Isso pode ser observado ou relatado pelo indivíduo.

Critérios adicionais:

Além dos sintomas principais acima, o indivíduo deve apresentar pelo menos três dos seguintes sintomas:

Distúrbios do sono: insônia ou hipersonia quase todos os dias.

Alterações no apetite ou peso: aumento ou diminuição significativa no apetite ou peso sem estar em dieta.

Fadiga ou perda de energia: cansaço extremo ou falta de energia.

Baixa autoestima ou sentimentos de culpa: sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada.

Dificuldade de concentração: incapacidade de pensar, concentrar-se ou tomar decisões de forma clara.

Pensamentos de morte ou suicídio: ideias recorrentes de morte, pensamentos suicidas ou tentativas de suicídio.

Duração:

Os sintomas devem estar presentes por pelo menos duas semanas e devem representar uma mudança clara em relação ao funcionamento anterior.

Impacto no funcionamento:

Os sintomas devem causar sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, ocupacional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.

Além disso, é importante considerar:

O episódio não deve ser atribuível ao uso de substâncias ou a outra condição médica.

Deve ser feita a diferenciação de um transtorno bipolar, que pode incluir sintomas depressivos, mas também episódios de mania ou hipomania.

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Por fim, tenho depressão?

Se você ainda está se perguntando “como saber se eu tenho depressão”, saiba que, caso você apresente perda de interesse ou tristeza na maior parte do tempo por pelo menos 2 semanas, associados a pelo menos alguns dos sintomas que citamos no tópico anterior, você tem grandes chances de sofrer com dessa condição.

Isso porque, antes de fechar o seu diagnóstico, devem ser excluídas outras causas. Então, caso você tenha se identificado, procure ajuda imediatamente. A boa notícia é que, com acompanhamento médico e psicoterapia, você poderá controlar essa doença.

Por fim, saiba que você não está sozinho!