6 pinturas incríveis que nos permitem ouvir o som do mar

Obras de diferentes artistas que conseguiram transmitir a sensibilidade que o mar nos traz

Como diz o poeta francês, Alain Bosquet, “o mar é um tratado de paz entre a estrela e a poesia”. O mar, sem dúvidas, tem algo que nos fascina. Será que é a paz que a imensidão de ondas traz? Ou, a sensação de infinitude? Sem falar no quanto o simples som de suas águas acalma. Por isso, o oceano é tema de inúmeras obras de arte, deste telas a músicas. Mas, alguns artistas tiveram a sensibilidade de transmitir o que o mar nos provoca nas telas. Exemplo disso são estas pinturas nas quais se pode ouvir o som do mar.

Pinturas para ouvir o som do mar

1. Passeio pelo penhasco de Pourville (Monet)

Pinturas que nos permitem ouvir o som do fundo do mar.

Uma das pinturas nas quais se pode ouvir o som do mar, inegavelmente, é a de Claude Monet. Em 1882, o pintor retratou Pourville, uma vila no norte da França, onde esteve por três meses.

Era um período tumultuado, no qual a venda de suas obras não ia bem. E, para piorar, perdera sua esposa, Camille, três anos antes. Então, decidiu seguir para a Normandia para se afastar da civilização.

A paz que Monet encontrou está, então, retratada na tela que mostra duas mulheres observando o mar, à beira do penhasco. Ali, há o verde da grama, as flores e, sobretudo, o mar, com alguns barquinhos seguindo em direção ao horizonte.

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2. O monge à beira-mar (Friedrich)

Pinturas que nos permitem ouvir o som do fundo do mar.

A obra do pintor romântico alemão, Caspar David Friedrich, data de 1818. Como o próprio nome já diz, retrata um homem na praia, em um cenário que indica, talvez, uma tempestade iminente.

Além da paisagem ameaçadora que, aos poucos, vai ganhando cores mais escuras, traz um misto de sensações. Por exemplo, o vento do mar, o frio das águas e o provável barulho das ondas.

3. Amanhecer sobre o mar do leste (Takeji)

Pinturas que nos permitem ouvir o som do fundo do mar.

A herança do filho de um ex-samurai mostra a atração que Fujishima Takeji tinha pelas técnicas de pintura a óleo ocidentais. Um dos exemplos claros é esta obra de 1932, depois das temporadas do pintor em Paris e Roma.

Ao regressar para o Japão, o pintor deveria pensar em uma obra para decorar o estúdio do Imperador Showa. Então, decidiu que o tema seria o amanhecer, simbolizando o que aguardava o Japão: um novo começo.

Para isso, viajou pelo norte do país, em busca do amanhecer perfeito. Só para ilustrar, Takeji passou uma década criando paisagens ao nascer do sol, do mar à montanha. Durante esse período, produziu muitas obras-primas, por exemplo, o “Amanhecer sobre o mar do leste”.

Nela, retrata um veleiro que, a princípio, parece navegar em direção à eternidade entre o mar e o céu.

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4. A grande onda de Kanagawa (Hokusai)

Pinturas que nos permitem ouvir o som do fundo do mar.

Mais uma obra japonesa entre as pinturas que nas quais se pode ouvir o som do mar. E, aqui, as águas foram retratadas com o azul da Prússia, uma tonalidade que a Companhia Sueca das Índias Orientais exportou para China e Índia, em meados do século XVIII.

O obra do pintor Katsushika Hokusai nasceu entre 1830 e 1833, durante o período Edo. Naquela década, ocorreu o que os historiadores de arte chamam de revolução azul.

Então, entre as telas que surgiram na época, está “A grande onda”, na qual dá para perceber claramente a onda exagerada com grande beleza. Tanto que conseguimos sentir sua graça, força e, principalmente, o som.

5. Mar del Plata (de Fioravanti)

Pinturas que nos permitem ouvir o som do fundo do mar.

A pintura russa Ludmila Feodorovna de Fioravanti pintou um retrato da costa argentina, em 1949. No óleo sobre tela em cartão, é notável a sensação de calmaria, graças às ondas batendo levemente na areia.

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6. A nona onda (Aivazovski)

Pinturas que nos permitem ouvir o som do fundo do mar.

Por fim, entre as pinturas nas quais se pode ouvir o som do mar tem a autoria do artista, Ivan Aivazovski, um dos melhores pintores de “marinas” da história. Aliás, não é difícil entender o motivo da fama.

A obra, de 1850, representa náufragos no mar após uma tempestade devastadora durante a noite. Inicialmente, a água continua agitada, e ainda se vê um mastro que serve como balsa improvisada.

O nome da pintura faz alusão à tradição marinheira que atribuía à nona onda da tempestade o efeito mais destrutivo. Mas, o pior parece ter passado. Afinal, o sol já aparece no horizonte, dando à pintura tons quentes que constroem uma atmosfera de esperança.

Então, deu para sentir o som do bar por meio destas pinturas? Conhece alguma outra que lhe transmite a mesma sensação? Conte para nós!

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