Vai viajar? Saiba quanto dar de gorjeta para não cometer gafe!

Confira as regras no Brasil e outros países, inclusive da Oceania

Você costuma dar gorjeta no restaurante? A gente sabe que, além do consumo, as contas por aqui vêm com adicional da taxa de serviço. Mas, e em outros países? Você sabe quanto dar de gorjeta?

Por aqui, a taxa de serviço é opcional, mas, raramente, a gente deixa de pagar. Afinal, aquele valor é um complemento e tanto na renda mensal das pessoas trabalhadoras. Em alguns estados, o valor corresponde a 10% do total, enquanto outros cobram até 13%.

No exterior, a coisa já complica um pouco. Afinal, cada país tem sua cultura e, naturalmente, dá para confundir quanto deixar de tips. E isso vale tanto para restaurantes e bares quanto hotéis. Vamos entender mais um pouco sobre isso?

O serviço ajuda no cálculo de quanto dar de gorjeta

Segundo João Victorino, especialista em finanças, vale pensar nisso estabelecendo a qualidade do serviço como regra. Conforme explicou ao portal Terra, há até uma escala que varia de 10% a 25%, mensurando o valor da gorjeta. Veja:

  • 10% o valor mais comum. Em uma avaliação de qualidade, pode indicar um serviço ok, mas até inferior à média. Ou seja, regular.
  • 15% é o valor que, normalmente, pode se aplicar ao serviço padrão. Em outras palavras, atendeu bem, mas nada demais.
  • 20% já melhora bastante, né? Geralmente, abrange profissionais que prestaram serviços excelentes, capazes até de fidelizar o cliente
  • 25% é merecido para um serviço excepcional, que foi bem além das expectativas do cliente

No entanto, há uma possibilidade de oferecer 30% de gorjeta. Mas, neste caso, se aplica a um estabelecimento que passou por uma situação mais complicada. Por exemplo, roubos.

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Mas, a taxa de serviço não é lei?

A princípio, não há uma regra final no Brasil sobre quanto deixar para a pessoa trabalhadora. O que ocorre é que muitos estabelecimentos automaticamente incluem aquela taxa de 10% na conta como parte do serviço.

Porém, é comum que os clientes arredondem o valor final como reconhecimento ao atendimento recebido. Contudo, a Lei nº 13.419/2017, especificamente nos parágrafos 3 e 4 do artigo 2º, esclarece a definição de gorjeta.

Conforme a legislação, ela não se limita à quantia voluntariamente concedida pela pessoa ao funcionário. Abrange, também, valores cobrados pela empresa, seja como adicional ou serviço, destinados à distribuição entre os empregados.

Importante ressaltar que a gorjeta, conforme estabelecido no parágrafo 4, não é mesmo uma receita dos empregadores. Na verdade, é direcionada aos funcionários e distribuída com base em critérios definidos em acordo coletivo ou convenção de trabalho.

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E como funciona no exterior?

Aqui, o “bicho costuma pegar”, pois cada país tem uma cultura sobre o quanto deixar de gorjeta. Ainda segundo reportagem da Terra, nos Estados Unidos, as gorjetas são parte essencial da remuneração dos profissionais do setor de restaurante ou demais serviços. Sobretudo, em restaurantes.

Neles, os clientes costumam deixar uma porcentagem do valor total da conta, geralmente entre 15% e 20%. Na China, entretanto, a prática não é comum, podendo até ser uma ofensa.

Da mesma forma, a cultura praticamente não existe no Japão, uma vez que um serviço de qualidade deve ser padrão e integrar a própria experiência do cliente. Outro país onde não é comum, dar gorjeta é na Austrália.

Mas, não é maldade! Pelo contrário, por lá, há um salário mínimo mais elevado para trabalhadores deste setor. Assim, não há tanta dependência desse tipo de gratificação.

Por fim, em muitos países da Europa, embora uma taxa de serviço já esteja embutida na conta, é comum que as pessoas arredondem o valor para mais como um gesto de apreço.

Ou seja, para tirar a dúvida sobre quanto dar de gorjeta, vale pesquisar antes de viajar. E, no Brasil, sentir como funciona o estabelecimento, não é?

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