Quando você sai para comprar um vinho, pensa em algum rótulo grego? Pois, deveria! Ainda que os exemplares chilenos, italianos, franceses e espanhóis mereçam, sim, muito respeito, há pelo menos dez vinhos gregos que precisa provar e, com certeza, não esquecer!
Os gregos estão entre os primeiros povos a produzir vinho no mundo! Tanto que, ainda hoje, a Grécia tem alguns dos vinhedos mais antigos existentes. Isso faz com que o país seja respeitado por seus excelentes vinhos locais.
Conheça alguns dos exemplares de vinhos gregos para colocar, já, na sua lista das bebidas favoritas.
A história dos vinhos gregos
Quando falamos em primeiras produções, nos referimos a menções realmente da Antiguidade, há cerca de 6.500 anos. Naquela época – e por muito tempo, a bebida ocupava o posto de prestígio, principalmente durante o Império Romano.
Uma fama que perdurou até a Idade Média, de tal forma que eram exportados para além do território, em especial, os exemplares produzidos em Creta, Monemvasia e outros portos gregos.
Hoje, a produção de vinho transformou-se em uma arte refinada e há rótulos gregos que se destacam em todo o mundo. Mas, é interessante observar que essa produção se divide entre aquelas pautadas na tradição e outras que inserem uma pitada de inovação.
Um ponto bem específico sobre as vinícolas gregas diz respeito, sobretudo, às castas que se desenvolvem em tipos de solo únicos. Isso dá à uva características bem peculiares, tornando a bebida inigualável.
Além disso, para garantir que os consumidores conheçam a origem do vinho que estão tomando, os vinhos gregos seguem o sistema de denominações aplicado na Europa, os chamados regimes de qualidade. Assim, temos:
- rótulos de Origem Geográfica Protegida (PGO): ligações fortes com o local onde são produzidos. Isso significa que a uva deve ser proveniente exclusivamente da área geográfica onde o vinho é produzido.
- rótulos de Identificação Geográfica Protegida (IGP): destaca a relação entre o nome do produto e a região geográfica delimitada. Para os vinhos, significa que, ao menos, 85% das uvas são provenientes da região onde a bebida é produzida.
De posse dessas informações, vamos conhecer dez rótulos que precisam estar na sua adega?
10 vinhos gregos para experimentar
Assyrtiko
Embora conhecido como um vinho produzido originalmente na ilha de Santorini, o Assyrtiko agora é feito em todo o país. A bebida é produzida em vinhas localizadas perto do mar e as uvas conseguem manter a acidez, mesmo com o amadurecimento.
Como resultado, temos um vinho branco leve, com notas de limão e sutil amargor salino no final.
Moschofilero
As uvas Moschofilero crescem no Peloponeso e produzem um vinho branco seco, cheio de aromas. Só para exemplificar, você pode notar sabores de pêssego e limão-doce, além das notas de damasco e frutas secas quando está envelhecido.
Agiorgitiko
A variedade nativa da Nemea, famosa região vinícola do Peloponeso, resulta em um vinho tinto robusto com sabores de framboesa doce, groselha e noz-moscada. Também possui notas sutis de ervas amargas e taninos suaves.
Já os rosés feitos de Agiorgitiko têm notas de framboesa apimentadas, além de uma cor brilhante e profunda.
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Malagouzia
Este exemplar de vinhos gregos vem de uma uva originária da Macedônia, aliás, uma variedade bastante recente produzida no norte da Grécia. Dá origem a vinhos brancos encorpados, com acidez equilibrada e aromas interessantes.
Xinomavro
Xinomavro, em grego, significa “preto azedo”. E esta é a principal variedade de uva produzida na Macedônia, principalmente nas áreas de Naoussa e Amyndeo. A uva tem bom potencial de envelhecimento e um rico caráter tânico.
Muitas vezes, é comparado ao Nebbiolo italiano devido às notas de cereja escura e alcaçuz.
Vidiano
Uma das mais antigas uvas brancas de Creta, a Vidiano tornou-se muito popular entre as variedades locais da ilha. E pensar que estava quase extinta até que enólogos cretenses entenderam seu potencial e trabalharam duro para reviver sua grande complexidade.
A Vidiano produz vinhos elegantes com variedade de aromas de frutas brancas e amarelas, frutas cítricas e flores brancas, mantendo-se robusto e encorpado.
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Savatiano
Com o nome que, em grego, significa “uva do sábado”, é a principal casta branca da região da Ática. Uma de suas características mais marcantes é a resistência ao calor. Sob fermentação a frio, oferece sabores de maçã verde e limão.
Por outro lado, se envelhecido em carvalho, caracteriza-se pelo palato médio mais cremoso.
Mavrodaphne
Variedade cultivada principalmente no Peloponeso e na Ilha de Cefalônia, é normalmente misturada à uva Black Corinth para a produção de um vinho doce de colheita tardia. Este exemplar de vinhos gregos apresenta um sabor distinto de passas e chocolate, além de taninos mais marcantes.
Como exemplo de inovação, alguns produtores estão agora a misturá-la com outras variedades, produzindo vinhos tintos secos, ricos e encorpados.
Vinsanto
Outra grande variedade de Santorini que deve muito ao seu solo vulcânico. Aqui, produz-se um vinho doce a partir de três tipos de uvas brancas – Assyrtiko, Aidani e Athiri. Com título de “vinho sagrado”, a bebida tem aromas de passas, damasco seco, framboesa e cerejas ao marrasquino.
Ainda, oferece contrastes impressionantes entre sabores doces e amargos causados pelos taninos marcantes, algo único em um vinho branco.
Moscatel de Samos
Encerrando nossa lista de vinhos gregos, o Moscatel de Samos apresenta-se em diferentes variedades, tanto secas como doces, mas sempre com notas bastante aromáticas.
Entre os vinhos mais populares estão o Vin Doux e o Samos Anthemis, este envelhecido em carvalho por cinco anos. Como resultado, adquire um cor âmbar com sabores de caramelo, caramelo e melaço leve.
Ainda entre os exemplares do moscatel, temos o Samos Nectar, feito de uvas secas ao sol e envelhecido por três anos em carvalho. A bebida tem aromas intensos, cor café mais escura e um teor alcoólico mais baixo do que outros vinhos de sobremesa de Samos.
E aí, gostou dos vinhos gregos que te apresentamos aqui? Saiba que qualquer um deles cai bem no seu jantar, oferecendo um sabor tentador da Grécia. Para complementar a refeição, tente um dos seis pratos típicos de Santorini!
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Luciana Gomides
Jornalista e assessora de comunicação e imprensa com experiência em Comunicação Pública, Gestão de Eventos, Marketing Digital, análise e estratégia, gerenciamento de crises, produção e redação de conteúdo. Já trabalhou em diversos projetos e segmentos na área, inclusive como gerente de Comunicação na Educação Municipal, período em que desenvolveu produtos audiovisuais para permitir o acesso a conteúdos pedagógicos durante a pandemia. Ainda, criou áreas de Ouvidoria e Eventos Virtuais. É pesquisadora de Comunicação Compartilhada/Comunitária, Marketing Público e Políticas Públicas para Comunicação. Atuou na área de turismo e hotelaria. Especialista em Marketing e Assessoria de Comunicação.
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