Comida queimada faz mal à saúde?

A comida queimada gera diversos questionamentos nas pessoas!

Quando se trata de hábitos alimentares, muitos deles foram adquiridos desde a infância e podem permanecer conosco por toda a vida. Alguns deles podem até parecer superstições, mas a ciência já revelou que nem todos são inofensivos.

Mas, comer comida queimada faz mal à saúde? Vamos explorar o que os pesquisadores descobriram sobre a acrilamida, uma substância que se forma em alimentos aquecidos acima de 120°C e que pode trazer riscos à saúde humana.

O que é a acrilamida e como ela é formada?

A acrilamida é uma substância que se forma naturalmente em alimentos como batatas, pão, biscoitos, cereais e café quando são submetidos a altas temperaturas durante o cozimento.

Esse processo é conhecido como a reação de Maillard. Ela é  a que dá aos alimentos a coloração marrom. Além do sabor característico de “coisa queimada”.

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Os perigos da acrilamida para a saúde

Estudos com animais têm indicado que a acrilamida é carcinogênica, ou seja, pode causar câncer. No entanto, a relação entre a acrilamida e o câncer em seres humanos ainda não é conclusiva.

Além disso, a substância é considerada neurotóxica e pode afetar o sistema nervoso, mas o mecanismo exato ainda não é totalmente compreendido.

Efeitos cumulativos e riscos para grupos específicos

O perigo da acrilamida parece estar relacionado ao seu consumo a longo prazo. Estudos sugerem que a exposição contínua à substância pode aumentar o risco de doenças neurodegenerativas, como a demência.

Além disso, há evidências que associam a ingestão de acrilamida durante a gravidez a possíveis problemas no desenvolvimento das crianças.

A relação da acrilamida com o câncer em seres humanos

Diversas pesquisas têm sido conduzidas para entender a relação da acrilamida com o câncer em seres humanos.

Alguns estudos encontraram uma correlação entre a ingestão de acrilamida e o câncer do ovário, endométrio e renal em mulheres, mas os resultados ainda aguardam confirmação por outros pesquisadores.

O desafio de medir a ingestão

Uma das dificuldades em estudar os efeitos da acrilamida é medir com precisão a quantidade consumida pelas pessoas. Os estudos epidemiológicos geralmente dependem de questionários sobre a alimentação, o que pode afetar a precisão dos resultados.

Medir biomarcadores na urina e no sangue também tem sido utilizado, mas ainda não fornecem conclusões definitivas.

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Redução de acrilamida na alimentação

Apesar das incertezas, a indústria alimentícia tem tomado medidas para reduzir a presença de acrilamida em seus produtos. Por fim, iniciativas incluem alterações nas formas de produção e incentivos aos produtores para diminuírem a substância em alimentos, especialmente os destinados a bebês.

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