A queda na produção europeia de azeite de oliva, devido a condições climáticas adversas, tem desencadeado uma série de impactos globais, com consequências significativas para os consumidores brasileiros. A consequência direta da conjuntura de fatores é um aumento de cerca de 33% nos preços do azeite no Brasil ao longo de um ano, levando os consumidores a enfrentarem valores elevados nas prateleiras dos supermercados. Diante desse cenário, veja a seguir as perspectivas futuras e a necessidade de os consumidores brasileiros adaptarem seus hábitos de consumo diante do aumento do preço do azeite de oliva.
Aumento do preço do azeite
O cenário atual do mercado do azeite de oliva tem sido marcado por significativos aumentos de preço, impactando diretamente os consumidores, incluindo os brasileiros. Esse aumento é resultado de uma série de fatores globais, principalmente relacionados à produção na Europa, que enfrenta desafios climáticos severos, e também devido a problemas locais em países produtores como o Brasil.
Leia mais: Casa própria: leilão da Caixa tem imóveis com descontos de 45%
Os fatores por trás do aumento do preço
A Europa, que responde por cerca de 75% da produção mundial de azeite de oliva, enfrentou problemas climáticos graves, incluindo secas intensas. Estas condições adversas resultaram em uma significativa redução na produção de azeitonas.
Além das mudanças climáticas, a presença da bactéria Xylella também afetou as oliveiras, contribuindo para a queda na safra.
Mas não é só isso. Os custos industriais, energéticos e de embalagem têm aumentado, contribuindo para o encarecimento do produto. De fato, os preços do azeite subiram consideravelmente, chegando a aumentos de até 69% nos últimos 12 meses em países como Espanha e Itália, os maiores produtores globais.
Enquanto isso, no Brasil, especialmente nas regiões do Rio Grande do Sul e da Serra da Mantiqueira, o excesso de chuvas causou perdas significativas nas plantações de oliveiras, com produtores relatando perdas de até 90% da safra.
Assim, o Brasil, sendo um dos maiores importadores de azeite de oliva, sente profundamente os efeitos desses aumentos de preços. Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o preço do azeite subiu cerca de 33% ao longo de um ano. O consumidor brasileiro tem enfrentado valores superiores a R$ 40 por embalagem nos supermercados. Esse cenário tem levado a uma redução no consumo, apesar do crescimento nas vendas no varejo.
Leia mais: O botão do micro-ondas que muita gente não usa, mas deveria
O preço do azeite vai diminuir?
É melhor o brasileiro continuar economizando, pois não há previsões de que os preços do azeite de oliva diminuam no curto prazo. As condições climáticas na Europa, as principais produtoras de azeite de oliva, continuam sendo um desafio significativo, e os custos de produção seguem em alta. A situação se agrava pelos problemas locais de produção em países importadores como o Brasil.
0 comentários