Você nem imagina o que podem ser os furinhos no queijo que você come

Entendendo a ciência por trás dos buracos no seu lanche favorito.

Por vezes, vemos nas redes sociais alertas sobre os misteriosos “furinhos” nos queijos. Estas postagens frequentemente insinuam que estes orifícios sinalizam contaminação por coliformes fecais. Mas até que ponto isso é verdade?

Entendendo o papel das bactérias na fabricação de queijos

Primeiramente, é vital entender que a produção de queijo envolve, naturalmente, a ação de diversas bactérias benéficas. Microrganismos como Lactobacillus, Streptococcus e Lactococcus são essenciais não só na transformação do leite em queijo, mas também na definição do sabor e textura deste amado alimento.

A ciência por trás dos furinhos

Alguns queijos, como os famosos gruyere e emmental, são naturalmente produzidos com furos. As bactérias responsáveis por isso são chamadas de propiônicas e estão presentes no ambiente ao nosso redor.

Durante a fermentação, elas transformam ácido lático e ácido propiônico em ácido acético e dióxido de carbono, formando assim os icônicos buracos desses queijos.

Por outro lado, em queijos mais frescos, como o popular minas frescal, um número exagerado de furos pode, sim, ser um indício de contaminação. Os principais suspeitos nesse caso são bactérias coliformes e estafilococos patogênicos.

Estes microrganismos fermentam a lactose produzindo gases, resultando na formação de buracos no queijo quando a higiene durante a produção não é a ideal.

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Mas então, todos os furos são ruins?

A resposta é: nem todos! A presença de buracos em si no queijo não é um alarme automático de contaminação. A preocupação surge quando estes buracos são amplos, irregulares e próximos à superfície, sem um padrão claro.

Importância da higiene e certificações

A contaminação microbiana é uma questão que vai além dos simples “furinhos” no queijo. É uma preocupação legítima que envolve desde produtores até a saúde pública. Garantir boas práticas de higiene é essencial para evitar problemas.

Para os consumidores, é fundamental verificar se o queijo possui certificações confiáveis, como o selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF) ou o registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

No caso dos queijos artesanais, é prudente verificar sua procedência e selos de qualidade. E, claro, não deixe de observar os tais furinhos. Se parecerem suspeitos, talvez seja melhor repensar sua escolha.

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